Arquitetura
A arquitetura do conjunto que compõe o eco parque foi pensada para ser sustentável, econômica e se integrar à natureza. Escolhemos os mesmos materiais para compor o conjunto, um padrão: estrutura metálica para edificações e pergolados – perfis tubulares redondos, inspirados em quadros de bicicleta; paredes externas em gabião de basalto, e internas em tijolos ecológicos; coberturas em telhas metálicas isotérmicas brancas, sobre as áreas construídas; telhado jardim sobre áreas de descanso e educação.
Já os pisos serão em placas autoportantes, fotocatalítico (degrada o monóxido de carbono e transforma-o em nitrato) e permeáveis – não haverá construção de contrapisos, todos os pisos serão intertravados sobre o solo, de alta resistência, longa vida útil e de baixa manutenção; acerca dos pisos de pontes, torres e decks, propõe-se chapas metálicas perfuradas, proporcionando transparência, leveza e minimalismo – baixo impacto visual, a fim de que a floresta e o rio sejam protagonistas.
O desenho da arquitetura é minimalista e reto, comunicando o nosso tempo, mas também inspirado em ruínas tomadas pela natureza: com o tempo, as plantas epífitas e rupestres, nativas do local, nascerão e crescerão naturalmente entre pedras do gabião e placas dos pisos. Processo intencional, para que arquitetura e natureza fiquem cada vez mais integradas.
As paredes de gabião terão, em pontos estratégicos, gaiolas parcialmente vazias, desconstruindo a continuidade. As rochas soltas dentro das gaiolas de gabião, sendo possível a desmontagem e o reaproveitamento/reciclagem de todo material, sem deixar qualquer impacto ao local – assim como toda a estrutura metálica, telhados e pisos que também compõem o conjunto.
O basalto foi escolhido por ser a rocha que compõe o solo local – o basalto é a rocha que está sob as quedas d’água das cataratas do Iguaçu. O fornecimento deste material para a obra será feito por pedreiras licenciadas e homologadas, localizadas a menos de 30km de distância do local.
A manutenção também foi um importante ponto, por isso os materiais têm longa vida útil e alta resistência, evitando assim, a manutenção ou substituição dos elementos.
Jardins
Composto 100% por espécies do bioma local, escolhidas pelo valor ornamental, possibilidade comercial, valor cultural, interação com a fauna, interação com as pessoas e baixa manutenção.
A maioria das espécies terão flores ou frutos, que vão colorir o jardim durante todo o ano. Um jardim colorido e saboroso também tem sons – aves e polinizadores – e perfumes: sensações.
Pessoas e plantas serão conectadas através de painéis interativos e QR Codes informativos e educativos. O público, além de praticar esportes, vai aprender a valorizar cada vez mais a beleza da biodiversidade local.
Ao longo das margens das trilhas, onde houver espécies nativas importantes na floresta: usaremos o mesmo sistema de identificação de plantas do paisagismo, com nomenclatura e leitores de QR Codes informativos.
Na trilha sensitiva, o paisagismo terá uma grande interação com as crianças. De forma direta ou indireta, elas serão abraçadas pelas plantas, suas flores e frutos, e pela fauna polinizadora. Toda essa natureza estará pictografada nos pisos das trilhas, acompanhados de áudios explicativos.